As invenções mais loucas do século XX
O mundo não seria o mesmo sem as grandes invenções do século XX, por exemplo: o avião que tornou o mundo bem mais pequeno, a nave espacial, que levou o homem à Lua, os antibióticos, criados por Fleming em 1928 e que reduziram a taxa de mortalidade. Também não se pode esquecer a televisão e a Internet. Sim, no século passado houve muitas grandes invenções, mas vamos mostrar outras foram um verdadeiro fracasso. E por boas razões, a revista Life publicou fotos das mais ridículas.
1. Jaula para bebés. Reino UNido, 1937 – A ideia foi desenvolvida pelo Clube de Bebês de Chelsea, Londres. A caixa – feita de arame para pendurar na parte de fora das janelas dos prédios – foi distribuída pelos membros do clube que não tinham jardim para as crianças brincarem. O produto promovia o ar puro que os bebês respiravam e o espaço de que dispunham para brincar. Incluía cortinas, para evitar correntes de ar, e uma tábua de madeira a servir de teto, para evitar que a criança pegasse algum objeto atirado por outro bebê enjaulado – do andar de cima. Foram poucas as mães que tiveram sangue frio para colocar as crianças suspensas sobre as ruas de Londres.
2. Metralhadora de cano curvo. Alemanha, 1944 – A ideia parece tirada de um episódio de desenhos animados, mas é bem real. Os alemães criaram a primeira metralhadora de cano curvo durante a Segunda Guerra Mundial. A MP43 Krummlauf, que podia ser equipada com um cano de 30 ou de 90 graus, foi desenhada para ser usada em tanques sem metralhadora, e que por isso ficavam vulneráveis ao fogo inimigo. Apesar de funcionar, a arma não obteve muito êxito – os soldados recusavam-se a usá-la. Em 1953, os norte-americanos apresentaram a sua versão da M3, que chegou a ser usada mas também não vingou.
3. Cigarro com guarda-chuva. EUA, 1954 – Robert L. Stern, presidente da empresa Zeus, fabricante de boquilhas, dedicou parte da sua vida à invenção de novos produtos. Fez uma com 1,20 metros de comprimento, para afastar o fumo do fumador. Um outra tinha duas bocas – para os casais de namorados fumarem o mesmo cigarro. Inventou ainda uma boquilha periscópica, para ser utilizada em elevadores. A mais cômica? A boquilha equipada com um guarda-chuva em miniatura, para dias chuvosos. Não chegou a vender nenhuma das suas invenções.
4. Pneus fluorescentes. EUA, 1961 – Em 1961, a Goodyear pensou iluminar as estradas com os pneus dos automóveis. Conseguiu fazê-lo através de pneus fabricados com borracha sintética, iluminados com lâmpadas colocadas em redor das jantes. Uma foto de promoção mostrava as luzes pneumáticas a servirem para uma condutora verificar o estado dos seus collants. A empresa norte-americana chegou a fabricar modelos com várias cores, mas a ideia fracassou. A invenção – que nem consta do historial apresentado pela marca no seu site – foi descartada, provavelmente por uma questão de segurança rodoviária. Mas a ideia perdurou e hoje é possível decorar as jantes com lâmpadas LED.
5. Mamas com coração. Japão, 1963 – Na década de 60 do século XX, ainda longe da invenção dos robôs dançantes da Sony, os cientistas japoneses estavam mais preocupados com as crianças. Para facilitar o sono dos bebés, criaram uns aparelhos eletrônicos em forma de mama, que emitiam batidas de coração. A ideia era imitar o conforto transmitido pela mãe, enquanto esta descansava no quarto ao lado.
6. Óculos televisivos. EUA, 1963 – Foi só uma das milhares de ideias do inventor Hugo Gernsback. O norte-americano de origem luxemburguesa, fundador da editora que publicou a primeira revista de ficção científica dos Estados Unidos, acreditava que os óculos com emissão de Tv integrada acabariam por ser usados por milhões de pessoas e chegou a construir um protótipo. A ideia nunca pegou, mas muitas das suas ideias não eram assim tão loucas: por exemplo, Gernsback acreditava que, no futuro, os jornais iriam materializar-se em casa dos norte-americanos através de ondas electromagnéticas. Hoje lê-se o jornal em smartphones e tablets.
7. Mala anti-roubo. EUA, 1963 – John Rinfret era um inventor norte–americano que por momentos pensou ter criado uma mala anti-roubo. Mas a demonstração de como funcionava o mecanismo que impedia os ladrões de ficarem com os documentos e objetos guardados na mala não correu como imaginara. Quando era roubada por um puxão, a mala accionava uma corrente que empurrava o fundo e atirava todo o conteúdo para o chão. Rinfret esqueceu, porém, um detalhe: os assaltantes podiam sempre voltar atrás para apanhar os objetos do chão.
8. Máscara de banho. Reino UNido, 1970 – A ideia tinha um propósito essencial: poupar tempo. Tomar banho sim, mas sem estragar o penteado e – mais importante – sem borrar a maquilhagem. A revista Life não revela o nome do autor da ideia e não existe o mais pequeno vestígio de que a máscara de banho tenha algum dia sido um êxito de vendas.